A construção de linhas subterrâneas em grandes metrópoles como São Paulo exige uma tecnologia que beira a ficção científica. O protagonista dessa operação complA construção de linhas subterrâneas em grandes metrópoles como São Paulo exige uma tecnologia que beira a ficção científica. O protagonista dessa operação compl

Com 109 metros de comprimento, 50 pistões hidráulicos potentes e 24 horas debaixo da terra, é assim que os tuneis de metro são feitos

2025/12/15 00:59

A construção de linhas subterrâneas em grandes metrópoles como São Paulo exige uma tecnologia que beira a ficção científica. O protagonista dessa operação complexa é o Tatuzão, uma fábrica móvel colossal projetada para escavar e edificar túneis simultaneamente sem abalar a superfície.

Uma fábrica de 109 metros em movimento

Na obra da Linha 6-Laranja, a máquina impressiona com seus 109 metros de comprimento e 10 metros de altura, o diâmetro exato do túnel. Diferente dos trens que passarão por ali, esse gigante não se move sobre trilhos, mas utiliza rodas inclinadas apoiadas nas próprias paredes.

Para avançar terra adentro, o equipamento usa 50 pistões hidráulicos potentes. Eles se empurram contra os anéis de concreto já instalados, projetando a estrutura de milhares de toneladas para frente milímetro a milímetro.

Tecnologia subterrânea avançada aplicada em túnel rodoviário de alta capacidade e segurança Tecnologia subterrânea avançada aplicada em túnel rodoviário de alta capacidade e segurança

O segredo da escavação com espuma

Na ponta da máquina, uma cabeça de corte giratória atua como um ralador gigante contra o solo maciço. O processo não é feito a seco; injeta-se uma espuma de polímero especial para resfriar a ferramenta e homogeneizar a terra.

Esse material escavado é imediatamente transportado por uma esteira longa até a superfície para descarte. Essa técnica evita o superaquecimento e facilita a remoção contínua dos detritos sem paralisar a perfuração.

Montando o túnel em tempo real

O Tatuzão não apenas cava buracos; ele deixa o túnel pronto e vedado à medida que passa. Um robô interno posiciona placas de concreto pré-moldadas, chamadas aduelas, formando anéis perfeitos que sustentam a terra acima.

Cada anel é composto por 9 dessas placas, que já possuem vedação contra infiltrações de água. É contra essa parede recém-criada que a máquina se apoia para dar o próximo passo, num ciclo contínuo de engenharia.

Quem tem curiosidade em saber como são construídos os túneis do metrô, vai curtir esse vídeo especialmente selecionado do canal Manual do Mundo, que conta com mais de 19 milhões de inscritos, onde Iberê Thenório mostra detalhadamente o interior do Tatuzão, a gigantesca máquina responsável por escavar a Linha 6-Laranja em São Paulo:

Vida e segurança no subsolo

Operando 24 horas por dia, a máquina abriga turnos de cerca de 20 pessoas e possui infraestrutura completa de sobrevivência. O interior conta com refeitório, banheiros e enfermaria para garantir o bem-estar da equipe técnica.

Abaixo, veja os sistemas críticos de segurança e logística que operam nas profundezas:

  • Câmara de Refúgio: Um espaço pressurizado com oxigênio e comida, capaz de proteger 26 pessoas por até 2 horas em emergências.
  • Acesso Hiperbárico: Para manutenção na frente de corte, técnicos usam uma câmara similar à de mergulhadores para suportar a pressão.
  • Transporte Trackless: Veículos de apoio com cabine dupla (frente e trás) levam materiais sem precisar manobrar no túnel estreito.

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Logística sem trilhos

O abastecimento de peças pesadas, como as aduelas de concreto, é feito por veículos especiais chamados “trackless”. Como não há espaço para retorno, esses caminhões possuem comandos nas duas pontas, permitindo que o motorista apenas troque de cabine para voltar.

Essa dança logística garante que a “fome” do Tatuzão por concreto e suprimentos nunca cesse. Entender essa máquina é compreender como a engenharia moderna conecta cidades sem que ninguém perceba o caos no subsolo.

O tripé da escavação mecanizada

  • Simultaneidade: A máquina escava o solo e instala as paredes de concreto definitivas ao mesmo tempo.
  • Tecnologia de Solo: O uso de espuma polimérica é essencial para transformar a terra bruta em material removível.
  • Segurança Extrema: Câmaras hiperbáricas e de refúgio garantem a vida humana em um ambiente de alta pressão e risco.

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