Operações baseadas em informações estratégicas e tecnologia de ponta são prioridade do Estado no combate ao crime organizadoOperações baseadas em informações estratégicas e tecnologia de ponta são prioridade do Estado no combate ao crime organizado

Governo de SP prioriza inovação e inteligência na segurança

2025/12/24 10:13

Desde o início de 2023, o governo de São Paulo investiu cerca de R$ 1,5 bilhão em ações de enfrentamento ao crime organizado. Nesse contexto, a tecnologia e a integração de dados encabeçam as estratégias de trabalho das forças de segurança paulistas para identificar padrões, mapear áreas de risco e agir de maneira assertiva para desarticular e coibir esquemas que custeiam as facções.

Para aprimorar as tomadas de decisão na área, foi criado o programa Muralha Paulista, que reúne bancos de dados, estatísticas criminais e sistemas de videomonitoramento em prol da segurança.  Cerca de 600 municípios aderiram à iniciativa, que dispõe de 94.000 câmeras integradas.

O programa é dividido em duas funcionalidades principais: a análise avançada de informações e o combate à mobilidade criminal –prática em que as quadrilhas se deslocam entre regiões para escapar do poder público e seguir cometendo crimes. A ação inclui o monitoramento rigoroso de suspeitos e de áreas de mais incidência de crimes para aumentar a probabilidade de prisões em flagrante e impedir a logística das atividades ilegais.

O objetivo é impedir crimes como roubos e assaltos em vias públicas, transportes coletivos e locais de grande circulação de pessoas. O monitoramento reprime, ainda, o tráfico de drogas e o contrabando de armas e mercadorias.

Leia mais sobre a segurança pública no Estado de São Paulo no infográfico.

Para estruturar o programa Muralha Paulista, o governo de São Paulo analisou registros criminais, chamadas de emergência e denúncias anônimas. Também foram base para o plano as pesquisas de vitimização realizadas pelo Insper e pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), além de um relatório preparado pelo NEV USP (Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo).

Para a implementação do programa, a administração pública estadual criou uma infraestrutura própria de comunicação, com câmeras e sensores audiovisuais e de georreferenciamento –uma plataforma de integração de dados e imagens entre as forças policiais e os demais órgãos do Estado e o desenvolvimento de um sistema especializado para a produção de alertas e tendências.

Por meio dessa estrutura tecnológica integrada e do compartilhamento de dados, a Muralha Paulista entrega 5 produtos, voltados exclusivamente para o fortalecimento da segurança pública no Estado. São disponibilizados ao governo e às forças policiais:

  • registros audiovisuais e dados biométricos;
  • base de dados;
  • plataforma interativa;
  • aplicativo Muralha Connect; e
  • tendências e alertas digitais.

Agências públicas de segurança, integrantes do Susp (Sistema Único de Segurança Pública), prefeituras paulistas e empresas parceiras, que administram serviços públicos e  conveniadas ao Muralha Paulista, também podem ter acesso a essas ferramentas.

Pessoas físicas ou jurídicas, da mesma forma, podem ser colaboradoras da iniciativa, conectando os próprios equipamentos à rede de monitoramento, ajudando a expandir o alcance do sistema, sem qualquer contrapartida. Basta fazer a adesão no site oficial do programa Muralha Paulista. O cadastro é totalmente on-line e gratuito.

O processamento de todo o conteúdo do programa respeita as legislações aplicáveis, incluindo a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). Protegidos por criptografia, os dados são acessíveis por usuários autorizados. Para aprimorar o sistema, são realizadas auditorias recorrentes.

Inteligência operacional

O aperfeiçoamento tecnológico e informacional favorece o sucesso de operações no Estado de São Paulo. Desde 2023, foram realizadas cerca de 430 operações contra organizações criminosas no Estado, resultando em mais de 570 mil suspeitos presos e mais de 650 toneladas de drogas apreendidas. Representaram, em média, um prejuízo de R$ 3 bilhões ao crime organizado, isto é, R$ 1 bilhão por ano.

Exemplo dessa atuação foi a operação a “Salus et Dignitas” (saúde e dignidade, em latim), deflagrada em agosto de 2024, com o objetivo de desmantelar organizações criminosas no centro da capital. De acordo com a SSP (Secretaria Estadual de Segurança Pública), foram cumpridos 117 mandados de busca e apreensão, 46 de sequestro e bloqueio de bens e 7 de prisão. Dezenas de prédios comerciais também foram interditados, em parceria com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a prefeitura da capital.

Outro exemplo prático da abrangência do Muralha Paulista foi a megaoperação Carbono Oculto, realizada em agosto deste ano (28.ago.2025). A ação teve como alvo uma organização criminosa ligada ao PCC (Primeiro Comando da Capital) que lavava dinheiro e sonegava impostos no setor de combustíveis, movimentando bilhões por meio de fundos de investimentos e fintechs. Foram cumpridos 156 mandatos e descobertas de irregularidades em 300 postos.

Quando proveniente de sanções patrimoniais ou de crimes de lavagem de dinheiro, parte dos recursos do crime organizado é destinada à própria segurança pública, por meio do “Recupera-SP” (Núcleo de Recuperação de Ativos do Estado de São Paulo). Foram mais de R$ 90 milhões desde a publicação do respectivo decreto, em setembro de 2024.

O texto regulamentou a lei federal 9.613 de 1998, possibilitando a transferência dos ativos apreendidos ao Fisp (Fundo de Incentivo à Segurança Pública). Esses recursos foram investidos nas forças policiais, com a aquisição de equipamentos, o aprimoramento de tecnologias e melhorias de infraestrutura.

A expectativa é ampliar a arrecadação, com valores provenientes de investigações do MPSP (Ministério Público do Estado de São Paulo), conforme a modificação do decreto, feita em junho deste ano. Antes, era limitada às investigações da Polícia Civil. Conforme o texto, 70% do valor será destinado ao governo e 30% ao Fundo Especial de Despesa do órgão.

Por meio desse ciclo virtuoso, o governo de São Paulo pode alcançar uma área de segurança pública autossustentável financeiramente, ao mesmo tempo em que investe em inovações tecnológicas e trabalha com inteligência estratégica, sempre com o objetivo de combater a criminalidade e proteger a população paulista.


Este conteúdo foi produzido em parceria com o Governo do Estado de São Paulo. As informações e os dados divulgados são

Oportunidade de mercado
Logo de Smart Pocket
Cotação Smart Pocket (SP)
$0.00119
$0.00119$0.00119
-6.00%
USD
Gráfico de preço em tempo real de Smart Pocket (SP)
Isenção de responsabilidade: Os artigos republicados neste site são provenientes de plataformas públicas e são fornecidos apenas para fins informativos. Eles não refletem necessariamente a opinião da MEXC. Todos os direitos permanecem com os autores originais. Se você acredita que algum conteúdo infringe direitos de terceiros, entre em contato pelo e-mail [email protected] para solicitar a remoção. A MEXC não oferece garantias quanto à precisão, integridade ou atualidade das informações e não se responsabiliza por quaisquer ações tomadas com base no conteúdo fornecido. O conteúdo não constitui aconselhamento financeiro, jurídico ou profissional, nem deve ser considerado uma recomendação ou endosso por parte da MEXC.