Alvo de investigação por desvios de verbas parlamentares, deputado publicou vídeo para justificar dinheiro vivo encontrado em seu flat em BrasíliaAlvo de investigação por desvios de verbas parlamentares, deputado publicou vídeo para justificar dinheiro vivo encontrado em seu flat em Brasília

Sóstenes mostra escritura e declaração de IR para explicar R$ 470 mil

2025/12/25 07:24

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), publicou nesta 4ª feira (24.dez.2025) um vídeo com explicações sobre os R$ 470 mil em espécie encontrados pela Polícia Federal no seu flat em Brasília. 

O congressista e seu colega de bancada Carlos Jordy (PL-RJ) foram alvos na 6ª feira (19.dez.2025) de operação da PF que investiga desvio de recursos públicos de cotas parlamentares. 

Na gravação, Sóstenes voltou a afirmar que o dinheiro apreendido era proveniente da venda de um imóvel em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. O deputado disse ter adquirido a propriedade em 2023 e exibiu uma cópia da escritura da operação. 

Assista ao vídeo (3min13s):

O líder do PL incluiu no vídeo um print da sua declaração de Imposto de Renda de 2024, onde a aquisição do imóvel é informada: “Declarei no meu Imposto de Renda em 2024. Então, tudo conforme manda a lei, nada ilegal. Porque quem não deve, não teme”, diz Sóstenes na gravação. 

O deputado exibiu ainda um print do anúncio do imóvel que mostra que a propriedade estava sendo anunciada por R$ 690 mil. Ele afirma que só conseguiu vender a casa por R$ 500 mil e que o comprador fez o pagamento à vista. O dinheiro da operação, segundo o congressista, é o que foi encontrado pela PF. 

“Após uma reforma, coloquei a casa à venda. Inclusive, para provar que o imóvel estava à venda, temos essa imobiliária que estava negociando pelo valor de 690 mil, mas no Brasil do descondenado Lula, tudo está se desvalorizando. Recebemos a proposta de um comprador que pagou R$ 500 mil à vista em dinheiro”, declarou o deputado. 

Em entrevista a jornalistas na Câmara na 6ª feira (19.dez), o líder do PL afirmou ter vendido a casa há cerca de 2 semanas. Questionado sobre o método de pagamento, Sóstenes disse que “não viu problema nenhum” em receber dinheiro vivo e que “ninguém coloca dinheiro ilícito no guarda-roupa de casa”.

OPERAÇÃO GALHO FRACO

Imóveis ligados a Sóstenes, Jordy e assessores dos deputados foram alvos de busca e apreensão da PF na Operação Galho Fraco, que cumpriu 7 mandados no Distrito Federal e no Rio de Janeiro. 

A ação utilizou como base provas obtidas há 1 ano, quando assessores dos congressistas foram alvos da operação Rent a Car. O material inclui mensagens extraídas de aparelhos celulares e depoimentos prestados por assessores dos deputados.

De acordo com a Polícia Federal, os congressistas teriam utilizado locadoras de veículos suspeitas de funcionar como empresas de fachada para justificar despesas reembolsadas pela Câmara dos Deputados. A PF afirma que uma dessas empresas continuou a receber pagamentos mesmo após indícios de dissolução irregular, além de manter frota incompatível com o volume de contratos firmados.

A decisão cita ainda conversas extraídas de aplicativos de mensagens que indicariam pagamentos “por fora”, cobranças paralelas e repasses em dinheiro, além de saques fracionados abaixo de R$ 10.000, prática conhecida como “smurfing”, associada à tentativa de burlar mecanismos de controle financeiro.

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